Marcelo e mais dez!

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É exagero eu sei, mas quem sabe de uma vez por todas o Mano se convence de que o cara é titular da seleção brasileira.

Vou falar só do jogo do Brasil, muitos me perguntaram o que eu achei de o Mano levar Dedé, Jeferson, Ralf, Oscar e os outros que são de times brasileiros e brigam por algo, mas isso eu acho que é um assunto para outro post.

Não, se você pensou, agora ele vai ter que elogiar a seleçã e o Mano, não será dessa vez. Houve melhora, isso é claro e o resultado mostra isso, mas o time ontem não fez um bom jogo, principalmente no primeiro tempo.

Acho que devemos comemorar a atuação do Jeferson, que repito, não é meu goleiro, mas foi decisivo no jogo de ontem, mais pela defesa na cabeçada do Chicharito do que no pênalti. Há que se celebrar a atuação do Hulk, que mesmo fora de posição, jogou muito bem, assim como Neymar (como sempre). Ronaldinho não foi mal, mas espero mais dele. E claro, Marcelo, além do golaço dominou aquela faixa do campo.

Não gostei do Daniel Alves, mais uma vez, e não pelo pênalti, que sinceramente eu não daria, mas vinha jogando mal e a expulsão foi ridícula. Estou me coçando, e farei a pergunta, assim como Hernanes, Dani Alves tomará uma geladeira da Seleção? Hmmm, acho que não hein?!?

E falando em Hernanes, o Mano não curte o cara mesmo né. Colocar ele 10 segundos antes de acabar o jogo é, como diria meu professor de Direito Previdenciário, “uma bruta duma sacanagem”. Tadinho do cara, alongo, aqueceu, entrou em campo e piiiiiiiiiiiiii, acabou o jogo.

Concluindo, houve evolução, o time melhorou, mas ainda está muito longe de algo bom.

Com tempo para treinar, podendo armar o time do jeito que eu gostaria, meu time seria muito ofensivo, marcaria lá em cima e faria os outros correrem para nos marcar. Seria assim a escalação: Fábio; Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Hernanes, Anderson; Hulk, Ganso e Neymar; na frente Pato.

Com Maicon o time pode ter uma variação tática, mudando para três zagueiros com Marcelo e Hulk jogando como alas bem abertos e marcando lá em cima, enfim, acho que daria muito certo.

Como eu disse, esse time para encaixar precisa de tempo, pouca gente marcando então todos teriam que fechar muito bem os espaços, mas cá entre nós, quem teria que temer seriam os adversários. Lembra quando o Brasil era temido? Faz tempo, mas já foi assim.

Enfadonho

A Seleção Brasileira hoje está enfadonha em seu futebol. Há algum tempo envolto em uma crise institucional, vivendo de mandos e desmandos, finalmente o mal chegou ao futebol. Agora além de tudo é chato ver a seleção jogar.

O time é fraco, aguentem isso, mal convocado, mal escalado, e pior, mal jogado. A culpa é em grande parte do Mano, mas não é só dele não. Neymar tentar uma ou outra vez fazer algo de bom, o resto é de uma burocracia no pior sentido da palavra. Thiago Silva e David Luiz, dois zagueiros dos melhores do mundo, literalmente bateram cabeça ontem. Só para dar um exemplo de que as coisas estão mal em todos os pontos.

A única coisa que eu gostaria de dizer de bom foi Hernanes entrando numa posição que eu acho que é a dele na seleção. A sua participação foi discreta, mas só Mano ter colocado ele lá já foi um bom começo. De resto, nada a acrescentar. Lamento também a contusão de Fábio, mas eu o convocaria para a lateral esquerda. Agora que nos livramos do pereba do André Santos o Mano vai forçar o outro pereba Adriano. Aí força a amizade…

Para vocês terem noção de quão enfadonho estava o jogo ontem, eu mudei de canal no segundo tempo e vi mais o episódio velho do House do que o jogo. Foi muito mais divertido ver o sarcasmo inteligente de Hugh Laurie ao ufanismo inaceitável de Galvão ou a “pseudointelectualidade” de Paulo César Vasconcellos.

O que mais lamento é que esse momento de total separação da seleção da CBF, como bem diz Mauro Cezar Pereira, com a sua torcida, vem justamente às vésperas da Copa do Mundo de 2014. De minha parte a Espanha pode ser bi. Não consigo torcer para esse treinador, para esses jogadores, e definitivamente, não dá para suportar a cara desse Ricardo Teixeira.

Em suma, meus amigos, é isso. Jogo chato, vitória de 1×0 sobre a Costa Rica, e querem um conselho meu, vejam House…

Final?

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Avisei, não faz muito tempo eu avisei, que essa coisa de colocar Flamengo e Corinthians como únicos disputando o título era besteira. O Timão está na luta, se ganhar hoje retoma a liderança e pode chegar lá, mas no Flamengo não creio mais. Quem chegou, e parece que é para ficar foram Vasco e São Paulo.

Na virada do turno eu já falava, e continuo achando a mesma coisa, o título ficará entre São Paulo, Vasco e Corinthians, nessa ordem de probabilidade. Tem gente que gosta de colocar Fluminense, Botafogo e até o Santos na briga, mas cá entre nós, para mim ficará entre os três.

Falta muito, é verdade, mas a verdade é que no meio de tanta irregularidade, quem mantém um certo equilíbrio está brigando.

E hoje, minha gente? Questionei amigos corinthianos, vascaínos, na verdade perguntei para todo mundo que gosta de futebol, “domingo será a final do Brasileirão?”

A verdade é que as respostas foram bem divididas. Por incrível que pareça, os torcedores do Timão, apesar de todos confiarem na vitória hoje, não acham que o Corinthians ganhando hoje será campeão. Confesso que essa falta de confiança me surpreendeu, pois eu acho que é justamente o que falta para esse time decolar e levar a taça para o Parque São Jorge.

Os vascaínos, mesmo tentando disfarçar, estão muito empolgados com as apresentações do Gigante da Colina, e apesar de não usarem o termo final, ou campeão, acreditam que uma vitória hoje pode abrir o caminho definitivamente para o penta.

Durante a semana, jogadores dos dois times tiveram que lidar também com essa pergunta, e todos foram “políticos”, ninguém diz que é uma final.

Serei direto. Para mim se o Vasco ganha, fica difícil de tirar o caneco da Colina Histórica. Uma vitória hoje faz o time abrir 5 pontos do Timão, e com certeza dará ainda mais moral para a equipe se manter na liderança. Ou seja, em caso de vitória vascaína, não seria uma final antecipada, mas quase isso.

O empate, resultado mais provável, na minha opinião, como mesmo diz deixará tudo igual. Manterá os dois na briga, e para o Corinthians trará um efeito psicológico bom, pois não teria deixado o Vasco disparar.

Vitória do Timão, mesmo não deixando com 5 pontos de vantagem, mas dando-lhe a liderança, terá, para mim o mesmo peso que uma vitória vascaína. Até porque, o Vasco depois desse jogo terá duas batalhas fora de casa, São Paulo não terá jogos fáceis, e o Timão com toda a moral do mundo e tendo dois jogos seguidos em casa, deve fazer valer a liderança.

Eu que critiquei quem apontou Flamengo e Corinthians como únicos com chance de título, posso estar cometendo o mesmo erro, porém com 11 rodadas para o fim, as coisas aparentam estar mais delineadas.

No frigir dos ovos, final ou não, devemos ter um jogaço, com todos os ingredientes de uma final. Torcida lotando o estádio, times com sede de vitória e jogadores que fazem a diferença dos dois lados.

Meu palpite é o empate, mas não um 0x0 chato como foi o Majestoso, acho que um 2×2 bem brigado, bem disputado.

Agora com licença que preciso me preparar para a final…

Agora não dá mais

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Texto originalmente publicado no sítio: http://www.emcimadalinha.com.br

Lamento, mas não vejo. Não vejo mais como o Avaí poderá sair dessa situação. As coisas simplesmente não vêm acontecendo para o Grande Leão da Ilha.

Ontem estava ganhando do Bahia fora de casa, um resultado que poderia colocá-lo de novo na briga para sair da zona do rebaixamento, porém sofreu a virada. Tenho visto este tipo de coisa todo ano, quando as coisas começam a dar errado não adianta, foi assim com Corinthians em 2007, Vasco 2008.

Na verdade vemos todos os anos, mas nos exemplos que citei ficou bem evidente como certas coisas não têm explicação. Jogos fáceis e aparentemente ganhos são perdidos. A torcida abandona, às vezes ela volta, mas sem aquela pegada. É aquele fim de namoro meio modorrento, que ela já não quer mais, mas não sabe como terminar e fica ali, some um tempo, aparece um mês, diz que vai mudar, mas no fundo não muda.

Digo isso, pois achei bem legal o que a torcida avaiana fez no embarque da equipe para Salvador, mas será que não foi tarde? Quantos jogos o time enfrentou com as arquibancadas vazias na Ressacada? Não, seria leviano demais querer culpar a torcida.

Na verdade, achar culpados será o esporte preferido de imprensa, torcida e dos próprios jogadores, mas na minha opinião isso é o de menos. Não importa os motivos que estão levando a equipe da ilha de volta à Série B. Aliás, importam sim, para não cometê-los de novo. Apontar dedos é fácil, mas a verdade é que desde o presidente até o torcedor, todos têm que fazer uma autoavaliação, o que não repetir.

É um texto triste esse, tentei não escrevê-lo, busquei cálculos matemáticos, possibilidades improváveis. No entanto, enquanto os jogadores e torcida devem continuar na luta, aqueles lutando ao máximo dentro do campo, e esta não abandonando a equipe, para a diretoria é imperioso pensar na frente.

Quem comanda o futebol avaiano precisa planejar o ano de 2012 de uma maneira bem diferente do ano de 2011. Até porque, o milagre, se vier, não será obra dos diretores e dirigentes, então que eles façam seu trabalho direito.

Deixo aqui uma pergunta, e essa parceria com o Coritiba, o que trouxe para o Avaí? Eu vejo Emerson convocado, Coxa brigando até o último minuto pela Copa do Brasil, ainda com chances de Libertadores e o título paranaense. E o nosso Leão?

Para mim não dá mais, quero estar muito errado, mas acho que juntamente com o América, o Avaí caiu.

O dia que um Argentino me Emocionou!

Fiquem tranquilos, não foram os três gols do excelente Agüero que me emocionaram nesse dia 10 de setembro.

Rubén Magnano, esse é o nome do homem que fez desse sábado frio um dia muito importante para o esporte nacional. Não sou muito fã do Basquete, mas estavam engasgadas na garganta de todo brasileiro que gosta de esporte essas 3 Olímpiadas de fora, e a possibilidade de ficar de fora da 4ª seguida.

Quando foi escolhido para ser técnico da seleção Brasileira de basquete, Magnano não devia ter noção da roubada em que tinha se metido. Primeiro a resistência boba, burra e pseudopatriótica dos profissionais do basquete brasileiro que diziam que não precisávamos de um técnico estrangeiro. Depois, ele, campeão Olímpico, consagrado e ídolo em seu país, veio morar aqui e enfrentar uma batalha que envolvia muito mais do que as 4 linhas da quadra de basquete. Nosso esporte carecia de autoestima, de autoconfiança, e a pressão para classificar para as Olímpiadas de Londres era do tamanho de Shaquille O’Neal.

Na primeira entrevista que deu como nosso treinador ele já me “ganhou”, falou que estava se mudando para o Brasil e que já tinha contratado professor particular de português. Ali já provava que queria, e faria de tudo para dar certo nessa empreitada.

Porém, esses dois problemas que citei não foram os únicos. Além de um time sem autoestima, nossos “melhores” jogadores, aqueles que atuam na NBA relutam em jogar pela seleção. Uns com explicação, outros com desculpas que não enganam ninguém, mas o que interessa, é que motivadas ou não, eram ausências sentidas.

Vamos direto ao Pré-Olímpico, duas partidas mal jogadas, porém duas vitórias até encontrarmos a República Dominicana e perdermos. Jogamos mal, o time estava nervoso, já estávamos classificados, de novo aquela chuva de desculpas e desconfianças.

Só poderíamos perder 1 do jogo na fase de quartas-de-final para fugir da Argentina na semi. Ganhamos de Venezuela e Panamá facilmente, como não poderia ser diferente. E chegou o dia 7/9 e a toda poderosa Argentina, seleção da década de acordo com a FIBA. Em Mar del Plata, tudo bom, poderíamos perder mesmo um jogo, o negócio era não ser humilhante, como havia sido há exatamente um ano, pois no outro dia enfrentaríamos Porto Rico, e esse jogo sim, não poderíamos perder.

Um jogo emblemático, histórico e emocionante. Uma vitória inesperada e impensada. Ganhamos deles, ganhamos lá deles! Um pivô de sobrenome cheio de consoantes e que quase ninguém fora do meio do basquete conhecia parou ninguém menos que Scola. E cá entre nós, 73 a 71 foi lucro para eles, era para ter sido mais.

Sensação estranha aquela de quinta-feira. Queríamos comemorar, vontade de sair batendo no peito e dizer, “é nóis no basquete mano”, mas não tínhamos ganho nada. Quase escrevi um post após o jogo, tomado pela emoção legal da vitória. Mas me contive, o pensamento era simples “Que adianta ganharmos hoje e perdermos sábado?” Fiz bem…

Quinta entramos em quadra podendo escolher o adversário, Porto Rico que estávamos enfrentando, ou República Dominicana de quem tínhamos perdido na semana anterior. Mas nosso técnico não era o Bernardinho, não escolhemos adversário, escolhemos vencer. Que bom! Brasil saiu, quem diria, em primeiro e hoje enfrentaria a República Dominicana.

Que jogo difícil, que time forte e excelente embaixo do garrafão. Mas antes do jogo, os dominicanos fizeram algo que nunca vi dar certo. Encheram o vestiário de bandeirinhas e champagne…querido, ganha o jogo e depois comemora…

O jogo sempre esteve ali, empatado, 2 ou 3 pontos para nós, 1 para eles, mas o Brasil não fazia uma grande partida.

Eis que um jogador a quem já critiquei muito aqui pelo seu caráter, e que cujas críticas não retiro, jogou muito. Marcelinho Machado colocou de três as bolas que precisavam entrar, só de fora da linha foram 15 pontos.

Seria injusto, no entanto, depositar esse feito histórico em um jogador. Huertas fez um Campeonato sensacional, Splitter pegou um rebote decisivo hoje, além de ter jogado muito bem quinta, enfim, o maior mérito do treinador é justamente este, hoje não dependemos de um jogador, somos uma seleção, um time.

Não foi fácil, tivemos dois jogadores eliminados por faltas, mas a classificação veio, emocionante, difícil como se esperava que fosse. A emoção fluiu em todos durante toda a partida e explodiu no seu final.

Quando digo todos, quero dizer todos, todos jogadores, todos da comissão técnica, todos os que acompanharam agoniados pela televisão esse momento. Uma pessoa em especial se emocionou e emocionou a todos, Wlamir Marques, o maior jogador de basquete que esse país já produziu, bicampeão mundial, comentarista de primeira linha, não conseguia falar. Esse senhor vive e viveu o basquete sua vida inteira, e fez uma declaração digna de se guardar, humilde, impressionante.

Se eu não quis apontar nenhum jogador pelo feito, coloco todo o crédito desta classificação no técnico. Sim, ele tinha razão quando dizia que transformaria nosso jogadores em um time, ele tinha razão quando assumiu o que eu acima descrevi como uma grande roubada. Ele mostrou que eu estava enganado, roubada era fugir dessa desafio, e deixar de colher os frutos que hoje ele colhe.

Magnano que foi reiteradamente ovacionado nos ginásios argentinos pelos seus conterrâneos, Que souberam mostrar gratidão ao técnico que tantas alegrias deu ao esporte daquele país. Magnano que chorava sempre que ovacionado mas que ficou feliz como poucos com a vitória sobre a seleção argentina.

Magnano fez com que muitos brasileiros, e eu me incluo, se identifique mais com essa seleção de basquete do que com a da CBF. Não digo todos, mas quem realmente curte esporte, se emocionou mais com a Copa América de basquete do que futebol, tenho certeza.

Eu chorei, mas até aí não é novidade, convenhamos…

Junto com a classificação vieram perguntas já esperadas, e agora? E Nenê? E Leandrinho? E Varejão? Sabem o que eu acho? Deixem o homem decidir.

Rubén Magnano mostrou para quem quisesse ver que sabe o que faz; que entende de basquete dentro e fora das quatro linhas, tenho absoluta certeza que ele tomará a decisão certa. Alguém duvida? Muita gente duvidou dessa classificação, preciso continuar???

Milni

Não há como não se render ao apelido cafona. Rogério Ceni hoje é mil, mil jogos pelo mesmo clube. Terceiro jogador na história, e tudo indica que até o final da sua carreira ultrapassará Roberto Dinamite (1065 jogos pelo Vasco).

Já volto a falar do Ceni, só aquele recadinho para os que insistem em questionar quão melhor Pelé foi; ele é o jogador que mais vezes defendeu a camisa de um clube, mais de 1100 jogos pelo Santos. É meu caro cético, esse recorde também é do Rei.

Mas hoje foi dia dele, Rogério Ceni, e com certeza de todos os são-paulinos. Dos mais de sessenta mil que foram ao estádio, de tantos que tentaram e não conseguiram ingresso e como não, dos milhões que hoje viram pela televisão um fato histórico e especial.

Eu não sou são-paulino, mas tiro meu chapéu. Que goleiro, que jogador, que capitão e que profissional. Obviamente foi o grande tema dos programas esportivos. De tudo que ouvi, que vi e que penso fica a imagem do homem inteligente, do profissional irrepreensível e do goleiro que soube ser diferente para ser melhor.

São muitas as qualidades dele. E essas, quando ele se aposentar é o que tem que ficar. Se é chato, se é legal, é de menos importância perante a magnitude do M1TO.

Quem parar para ver o currículo dele daqui a 21 anos poderá ter um pouco da dimensão do que ele foi. Copa do Mundo, 2 Mundiais,  2 Libertadores, 3 Brasileiros…e por aí vai. Mas não saberá tudo que ele representou para o clube, nem o que o São Paulo significa na vida desse jogador.

Gostaria na verdade de ouvir dos meus amigos são-paulinos o que sentiram hoje, acho que só quem é tricolor pode dimensionar o momento.

History has been made. O mundo do futebol se curva a Ceni, e ele merece todos os louros.

Mas posso fazer uma brincadeira? Assistam e lembrem desse vídeo:

Corrente Positiva

Com certeza não era isso que eu gostaria de escrever nesse domingo de clássicos. Definitivamente, preferia tecer comentários sobre o jogão que estou vendo entre Figueirense e Avaí, comentar como Felipão ainda faz a diferença em alguns jogos, talvez preferisse até lançar uma enquete sobre o lance em Bernardo se foi ou não pênalti. Mas é importante lembrarmos que futebol é um esporte, nos deve entreter. E a vida é muito mais importante.

Quem me segue no twitter já viu que tenho tuitado e retuitado muito pedindo força, pedindo que todos mandem pensamento positivo para Ricardo Gomes, técnico do Vasco. Na verdade para Ricardo Gomes o técnico de futebol, o ser humano, independe de onde ele está trabalhando hoje.

Se você ainda não sabe, Ricardo Gomes sofreu um AVC hemorrágico hoje durante a partida Flamengo x Vasco e se encontra internado em estado grave, segundo as informações divulgadas respira por aparelhos.

Não se discute, nesses momentos, se ele é bom técnico, se ele trabalha no clube que você torce, acho que qualquer pessoa que desempenha seu trabalho com honestidade, com respeito e com seriedade merece nosso carinho e nossa torcida.

Dois anos atrás, quando trabalhava no São Paulo ele já sofreu com doença semelhante, mas graças conseguiu sair bem, esperamos que de novo ele consiga sair bem, com saúde.

Peço então a todos que me leem que nesse final de domingo mandemos nossos pensamentos positivos para o treinador, para o ser humano que merece todo nosso respeito.

Força Ricardo Gomes!

Excelente texto de Tim Vickery

Mais um texto daqueles que não são meus mas eu adoraria ter escrito. Quem me mostrou esse texto foi o grande amigo @luisalt que além de profissional de alto gabarito é/foi um bom atacante nas peladas de final de semana.

Brazil fail to rediscover winning formula

Tim Vickery | 12:09 UK time, Monday, 15 August 2011

One of my favourite pieces of football writing is by the splendid Argentine coach Angel Cappa, a romantic of the old school, eflecting on his good fortune at being in Spain to watch Brazil’s midfield in the 1982 World Cup. “The ball arrived in this zone [midfield],” he wrote, “and would then disappear to reappear in the form of a rabbit and also a dove and hen was hidden again from anguished opponents who would look for it in the most unlikely places without being able to find it…. “The crowd, myself included, looked at the watch with the intention of making time stand still because we all wanted the game to last for ever.” Since then, though, no one has really been able to write about Brazil in quite the same terms. Not through any lack of quality – in the last 30 years the production line of great attacking full backs and magnificent strikers has been working overtime.

Brazil’s national team have failed to rediscover their past winning formula after World Cup 1982 defeat. PHOTO: GETTY

But the game has never flowed through the midfield with the same magic, because that has not been the objective.

For many Brazilian coaches, the failure of that 1982 side to win the World Cup (they lost to Italy) served as proof for ideas that had been kicking around for a while – starting with a 5-1 massacre at the hands of Belgium in 1963, confirmed by the defeat by Holland in the 1974 World Cup.

The physical development of the game, it was thought, meant that traditional methods had to be revised. Brazilian players had to bulk up – Rubens Minelli, the most successful domestic coach of the 70s, wanted his team to be made up of six footers.

And with less space on the field, the future of football lay in the counter attack, rather than elaborate attempts to pass through midfield.

These thoughts have carried a lot of weight in the Brazilian game. They help explain why a succession of Brazil sides have caught the eye for explosive breaks down the flanks rather than for the succession of midfield triangles that enraptured Cappa and everyone else in 1982.

When former Middlesbrough left-back Branco was in charge of Brazil’s youth sides, he told me that right from the start of the process the search for big, strong youngsters was a priority. Brazilian coaches, meanwhile, became fond of spouting the statistic that the chances of a goal are reduced if the move contains more than seven passes.

And then along came the Barcelona/Spain school, with its little Xavis and Iniestas and its focus on possession of the ball – and its accumulation of trophies. Had not Brazilian football declared such players and such methods obsolete?

Once a star with both Brazil and Barcelona, Rivaldo recently made clear the distance that has grown between the two schools. His old team-mate Pep Guardiola, he said, had built a Barcelona team in his own image, giving his players “the tranquillity to go anywhere, even Real Madrid away, and keep passing the ball, irritating the opponents.

“A time will come when they will be able to slip someone through on goal and score. This is down to him, because he transmits this idea to the players and then trains it, something that you don’t see in Brazil.

“I visited Barcelona and watched a training session. Here [in Brazil] if you try to train retaining possession of the ball, the players don’t like it. I see people talking about the way that Barcelona play the ball around, but here in Brazil everyone wants to get the ball and charge forward.”

These are fascinating observations, which perhaps help explain why Brazil are in an awkward moment of transition.

The official line is that Brazil are trying to wean themselves off an excessive dependence on the counter- attack. Coach Mano Menezes declared as such when he took over a year ago, and there is sound thinking behind the attempt to change direction – or perhaps, to turn the clock back.

First, there is the need to gain full advantage from playing at home in the 2014 World Cup. The local crowd will react better to a style of play more in line with the traditional virtues of the Brazilian game.

Second, on home ground no one will offer Brazil the opportunity to counter attack. Something more expansive will be necessary.

But can Brazil currently count on the players with the skills and ideas to put this change of direction into practice? Today’s players, of course, are far too young to have seen the 1982 side.

On Sunday Brazil met Spain in Colombia in the quarter finals of the World Youth Cup. Before the match Brazil boss Ney Franco, hand picked by Menezes to take charge of the Under-20s, paid tribute to the style of the opponents, but added that “Spain are not exactly a reference – it’s enough to remember our team of 82.”

The game that followed was a minor classic because of the clash of styles. Before tiredness muddied the waters, the pattern of the game was clear.

Spain were more like the Brazil of 82, with their carefree passing. Brazil had aspects of that year’s Italy, ruthless on the break. They won on penalties after an exhilarating 2-2 draw.

It was the type of game that made me lament all the more that the senior teams did not meet in either the 2009 Confederations Cup or last year’s World Cup. Puncher versus counter-puncher often makes for a great spectacle.

Should they meet in 2014, Brazil’s idea, as we have seen, is that there shall not be such a clash of styles. That is, assuming that Mano Menezes keeps his job, and that he keeps his nerve.

Losses in recent months to Argentina and France were followed by a disappointing Copa America.

Attempts to play a more elaborate passing game have not been entirely convincing. And so for last week’s friendly away to Germany he surprisingly dropped his playmaker Paulo Henrique Ganso and selected a midfield that left his team with no other option but the counter-attack. It didn’t work and probably did not deserve to.

The margin of defeat was wider than the 3-2 scoreline might suggest.

After the game Menezes commented that his team were not yet ready to trade toe-to-toe with Germany, who were not even at full strength.

Does this mean that, under pressure, Brazil’s coach is losing faith in his team’s capacity to recapture the swagger of its predecessors that was eulogised with such eloquence by Angel Cappa?

Quedê a graça?

Eis que a semana começa com o que há tempos já esperávamos. Cesc Fábregas volta ao Barcelona. A 4, do atual treinador Pep Guardiola tem novo dono!

É uma daquelas contratações que todo mundo queria mas ao mesmo tempo pensou: “Sério, até ele…e agora?” Eu que pergunto, e agora?

Primeiro, qual time Pep Guardiola colocará em campo? Segundo, que time os outros colocarão em campo para parar essa máquina. Não estou dizendo que Fábregas é o Messi, mas para quem já tem o Messi…

Time “ideal”: Valdez, Dani Alves, Piqué, Puyol e Abidal, Busquets, Iniesta, Xavi e Fábregas, Messi e Villa. Será? E Alexis? E na zaga? Será que dá para jogar Xavi, Iniesta, Fábregas e Messi, Alexis e Villa? E ainda tem Pedro, o atacante com maior estrela do mundo…

São muitas perguntas, e uma certeza; quem entrar em campo será quase imbatível. Se a final contra o Santos fosse hoje teria tudo para ser sem graça. Eu sei que é um jogo só e que tudo pode acontecer, mas vem cá, pelo que o Santos vem jogando, sinceramente, vocês acham que teria graça?

E não bastasse tudo isso eles querem o Neymar…”tá louco” aí parei!

A temporada europeia começa com uma pergunta, quem matou Norma? Ops…não é bem essa, é quem parará o Barça? Diria mais, alguém parará o Barça?

Tenho duas ideias:

1ª Barcelona Globe Trotters, viajam o mundo fazendo exibições, não são jogos, serão espetáculos…

2ª O time que ganhar a Champions, ou a Libertadores, ou ficar 50 partidas invicto, alguma coisa desse nível desafia o Barça, se consegui ganhar no tempo normal, o Barcelona volta a participar de Campeonatos, enquanto isso não acontecer o Barça representará a Terra na Copa Intergaláctica.

E para aqueles que acham exagero…se recordam da final da Champions League contra o Manchester? Vocês já viram Fábregas jogando? Vejam esse vídeo e reflitam:

Eu ainda acho que não têm favoritos neste Campeonato

Corinthians começou o Campeonato de forma arrasadora, ainda é líder e brigará até o final do torneio pelo título. Fato, inegável isso. Tem um bom time, um técnico deveras controverso mas que não tem comprometido, e tem estrela. É um time com torcida e jogadores capazes de definir.

Isso tudo faz dele favorito? Não, candidato sim, favorito não.

Qualquer time que chega na metade de agosto com apenas 1 derrota no ano tem algo de muito bom para mostrar, não é claro? E se esse time for o Flamengo, que assim como o Corinthians conta com uma torcida que faz a diferença, jogadores como Ronaldinho Gaucho e um técnico como Vanderlei Luxemburgo, ambos em boa forma?

Ah esse será o campeão, muitos irão dizer. Pode ser, mas da mesma forma, o rubro-negro é um candidato, mas não considero também favorito ao título.

Que campeonato foi decidido no primeiro turno? Por que cargas d’água, comentaristas que eu tanto respeito e que sabem tanto de bola resolvem vaticinar que o título ficaria entre esses dois?

Sério, faltam mais de 20 rodadas, tem tudo para acontecer ainda.

São Paulo tem um bom elenco e um bom técnico, o Palmeiras que jogou bem hoje contra o Vasco, apesar da derrota, o próprio Vasco, enfim, tudo pode acontecer, inclusive o título ficar entre Corinthians e Flamengo.

Não, não acho que São Paulo, Palmeiras e Vasco sejam favoritos. Pode vir alguém como Flamengo em 2009 e conquistar, o que quero dizer, é que é cedo, muito cedo.

E o São Paulo de 2008 que tirou mais de 10 pontos em um turno?

Os números comprovam, as atuações das equipes falam mais ainda. Sinceramente, apontar favoritos com tanta antecedência é ou ser leviano ou ser inocente.

Óbvio se me perguntarem quem será campeão hoje, diria qualquer time, afinal perguntaram isso. Diferente de chegar e dizer sem nem ser perguntado nem nada, simplesmente garantir que só dois clubes brigam pelo título.

Vocês acham que o Campeonato está decidido? Vocês acham que o título ficará entre Corinthians e Flamengo? Ou vocês, como eu, acham que falta muito, e que pelo menos uns 8 times brigam pela taça?


Dois Toques

Lugar que um doido por esporte, principalmente futebol criou para escrever, ler, debater sobre tudo que seja relacionado ao esporte Bretão.